
O que falta na verdade é apenas a confissão, que muitas vezes se esconde pelo medo da inconveniência.
O ódio e o amor são sentimentos muito próximos. Eu odeio na mesma proporção que eu amo, e isso só é permito, pelo tamanho de importância que eu dou a quem me provoca tamanha intensidade no mais intimo da minha emoção.
Tem dias que odeio tanto o meu namorado, que se pudesse arrancava seu passado com os dentes, e enterrava junto com as suas lembranças mais recentes dos seus últimos romances. Quero que ele morra, pra renascer só em meus braços. Quero que vá embora e não volte nunca mais, pra me eu correr para os braços e implorar que fique. Quero manda-lo embora e num próximo segundo manda-lo ficar exatamente onde está. Para não morre de amor, eu mato ele na imaginação.
Ele me odeia por me amar demais, por ceder a caprichos, por dizer não e mudar de ideia um segundo depois. Por querer alguém que provoca tanto, com tanta intensidade. O ódio é o tempero do amor.
Não dizer é censurar a sua própria cura. É anular a revanche do amor.
Partilhar o lado escuro da luz de um sentimento é também ser sincero, dar ao outro a chance de nos ver por inteiros. Um amor bonzinho cansa, não remexe as nossas vísceras não nos faz mover músculos. Quem é perfeito não se apaixona, não fica vulnerável ao mexer das suas emoções.
Aquilo que deixamos de demostrar será cobrado com juros mais tarde.
Odiar o outro é também uma das formas mais intensas de se amar. Como diria o grande Veríssimo:
“O amor está mais perto do ódio do que a gente geralmente supõe. São o verso e o reverso da mesma moeda de paixão….”
Sabe que eu sempre pensei dessa mesma forma, que o amor e o ódio, sempre andaram juntos, que um é um complemento do outro, sem o qual, não se entendem…separados eles somente se remetem a um sentimento sonso, sem porque e nem razão…é estranho ter que admitir que um admitir ao vive sem o outro, porque sempre fomos criados com a ideia de que odiar é um sentimento horrível, que não devemos jamais odiar, e hoje ter que aceitar que amor é a irmão do ódio, é mas faz jus, porque mesmo no ódio voce sente a presença do amor…
Beijos e abraços <3
Acho que o ódio é o “tempero do amor”. A gente só odeia quem a gente muito ama. O resto, a gente ignora!
Beijão, Sayuri!