Oi, sou eu te escrevendo. Eu, que você sempre conheceu. Embora esteja tão diferente daquela menina que um dia cruzou o seu caminho. Eu ainda sou eu. Tão mais tua que minha. Eu te dei meu coração naquela brincadeira, menino. Eu disse que seria para sempre. Eu fiz promessas que eu cumpri, embora nunca tenha te contado. Eu achei que quando eu me perdesse você viria me buscar. Você bem que tentou, mas a corda já estava enfraquecida e arrebentou. Eu continuei ao teu lado, com meu olho espichado pra ver se tu estavas bem, se estavas feliz, se estavas no caminho certo. Eu menti por você, menino. Menti pra mim mesma. Eu briguei por você, menino. Briguei comigo mesma. Eu vivi meu mundo cor de rosa sozinha. Te amei e te amo pra mim. Escrevo o amor que é pra selar com palavras a minha própria palavra.
Quis te esquecer a qualquer custo. Quis ser o melhor que eu poderia ser. Eu te quis com toda a minha alma. Eu te amei como nunca amei ninguém nessa vida. E depois desses anos todos, eu ainda te amo. Eu ainda sou tua. Eu, do jeito que você conheceu, mantenho a essência do amor vivo em cada linha que escrevo pra ti, na esperança de que algum dia você me leia por completo. Talvez neste dia você entenda, que tudo o que eu fiz até hoje, eu fiz por amar você. Tornei incondicional o amor que habita em mim. E hoje eu apenas te escrevo, porque te escrever me faz feliz, me faz chegar na minha essência. Escrever pra ti, menino, 365 cartas por ano, é pouco, comparado com a vida que eu quero escrever pra gente.