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Pode ser. Pode ser que eu esteja errada, e daqui há algum tempo eu perceba. Sempre fui flexível o bastante pra me permitir novos olhares… Pra aprender novas coisas… Pra deixar que me ensinem a ser melhor. Mas hoje os becos estão sem saída dentro de mim. Hoje eu quero nadar pra longe. Hoje eu estou sem porto. Um barquinho em alto mar. Nenhuma palavra consegue me salvar. 
Tem gente que solta a nossa mão quando deveria apertar. Tem abraço que fica sem os braços pra nos proteger, seja de nós mesmos ou do nosso medo imaginado. Seja do real, seja de qualquer mal… Seja do inesperado. Faz dias que existe guerra dentro de mim, apesar da paz que eu transmito. Um mito que me faz sobreviver. Faz dias, eu venho tentando dizer… Que eu preciso que aperte mais a corda pro meu barco permanecer. Eu sou água, eu escorro entre os dedos… Eu lágrima, que cai em sentimento… Eu sou rio sempre correndo pro mar… E eu sou um mar em fúria quando se trata dos meus sonhos, das coisas que eu quero, de como eu quero. A tempestade se forma pra lavar a minha alma, chove aqui dentro pra poder florir lá fora. Chove e chove, é tempo de metamorfose em mim. É tempo do começo do fim.
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