Quanta vida vai de mim sem mim. Passou a fantasia junto com o carnaval… Tirei a máscara e só vi um rosto triste. Era só fantasia. Era sonho de menina. Você acreditou? Acreditei. Você se vestiu do sonho de tal modo que achou que era realidade. Me machuquei. Encostei a cabeça no ombro, e perguntei ao meu pai hoje: Quando foi que eu decidi crescer? Porque é que eu quis isso tão rápido? Porque não me disse que seria dolorido?
Eu nunca tive vergonha de expor tristeza, triste mesmo é quem finge felicidade. Eu cresci. Eu deveria ter aproveitado mais quando o mundo realmente era cor de rosa. Agora não é mais. Agora eu me machuco e ninguém vê, não tem ninguém pra me abraçar, pra me levar pra casa, pra dizer que vai ficar tudo bem. Agora sou eu e eu. Eu e meu quarto. Eu e este Blog que me acolhe. Eu e meu trabalho adulto. E minhas relações frustradas. Eu e os meus sonhos, como um álbum de figurinhas… Vão de deslocando aos poucos. Eu cresci, mas ainda me iludo que nem criança. E nada pior que crescer e teus heróis te decepcionarem… Nada pior. Nada pior que sair da redoma de vidro e ser devorada por leões. Nada pior que ter seus sonhos reprimidos.
Atrás dessas palavras tem eu, eu e aquela vida toda que se vai de mim, que me escapa pelos dedos, que passa que nem escola de samba. Quanta vida vai de mim sem mim…
To triste hoje, quem sabe passa amanhã, e me volta a alegria… Mas os sonhos, esses se vão de mim a cada dia.
Que texto lindo. Me identifico muito com tudo que vc escreve.
Beijos
Oi Beta, agradeço estar me seguindo no Twitter, embora poste poucas coisas, procuro manter mais ativo meu blog Solidão de Alma, se puder vá conhecer, terei imenso carinho em te receber lá. Adorei seu blog, todo escrito na linguagem que eu gosto.Abraço suas letrinhas e deixo carinho e admiração por este canto de encanto. Bjs linda. Já te sigo no twitter também.