Escolha uma Página



Tem certos momentos que a gente sente vontade de voltar  atrás, rever a nossa história, como reler a página de um livro pra poder entender melhor o que está sendo contado… Pra então  seguir em frente com a certeza das escolhas que fazemos. Aprender a viver os amores possíveis, aprender a viver sem os amores impossíveis… Aprender aquilo que ainda não aprendemos, mesmo depois de viver infinitas vezes a mesma história.
Sempre enxerguei o amor como uma sabedoria, onde o sentimento deveria crescer com a convivência, crescer nas dificuldades, superar tudo, pois o amor vence tudo. Sempre achei que o amor por si bastava, o amor verdadeiro entre duas almas era o mais lindo dos sonhos. Houve um tempo em que acreditei no amor mais que tudo, que o amor era uma causa, um projeto que eu ficava desenhando na minha mente… Uma miragem.  Acreditei nesses amores de novela, nesses amores que fazem platéias suspirarem nos cinemas… E ainda acredito, se querem mesmo saber a verdade. Mas algumas vezes me vejo perdida no deserto, longe de mim, longe do que eu jurei ser real… Será apenas uma miragem? O amor é uma fonte, felizes os que dela bebem… Felizes os que podem viver com a certeza de que é real, de que são amados. Acreditei no amor e ainda acredito, mas no amor que se fortalece mesmo com o deserto das nossas almas, no amor que se sabe, que se sente… E a gente arrisca tudo. O amor deixou de ser uma causa, acho que o amor, quando é amor mesmo, tem que ser como uma dança, um passo de cada vez, porém na mesma sintonia, dançando a mesma música. Parei de perseguir ou questionar o amor, que o amor seja a minha resposta… Que compareça no encontro marcado… Ou que venha sem avisar, mas que venha pra ficar.




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