(…) É que um dia a razão se encantou com o coração, e o coração resolveu então namorar a razão… Daí nasceu nosso amor. Você puxa meus pés pro chão, enquanto eu te jogo pro céu do meu infinito. Dá a mão aqui, eu sempre caio na tua cama, nos teus braços, e tu sempre vai te render a esse amor que nem tu sabe explicar o que faz nas fotos que agora decoram a tua sala, nos recadinhos amorosos escritos por todos os lados, nos e-mails gigantescos… No teu esforço em falar a minha língua, que não quer te ouvir, só quer entrar na tua boca, e te levar de novo pro céu. Pra que tanta explicação… Não há nenhuma outra razão, a única razão é você… É eu. Eu e tu, razão e emoção, choque, emoção, explosão.
Eu sou intensa, eu sei… E claro que tu sabe, tu me quer com todas as minhas virgulas, exclamações, interrogações, reclamações…. E tu sabe… Eu te quero como o meu ponto final.
Tu chegou assim, e fez o que ninguém fez por mim. Me amou por uma verdadeira razão. E com toda a razão, te entreguei a minha emoção. Tu sempre me dá toda a razão do mundo pra querer ficar, tem construído um mundo de sonhos na minha vida, e me diz ainda que não sabe nada sobre construções.
Sabe sim, é isso aí… Tu é o tijolinho que faltava na minha construção, que dia a pós dia, destrói meus muros, e constrói coisas mais sólidas, mais reais que abstratas… Constrói um amor firme… Limpa todo o terreno com cuidado, planeja, faz a tal da planta aquela, pra depois decorar a minha alma.
Então, amor… Meu coração que sofreu muito, fica assim encantado, espantado… E tu estende a tua mão… Me fala sobre o mundo em detalhes… Me aperta forte, e diz que nós vamos construir uma família, um futuro, um amor que resistirá a tudo. E a minha emoção derruba os muros da tua razão, e vivemos este momento mágico e único… Onde eu me sinto a pessoa mais feliz do mundo.
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O OLHAR DE YOLANDA
Entre eu e você
Existe um enorme abismo
Que precisa ser vencido
Com diálogos e confissões.
Quando estou só
Sinto falta do seu olhar,
Quando estamos juntos
Sinto falta de nos comunicarmos.
Mantenho ardentemente a esperança
De um dia tê-la em meus braços.
Conectar-me com seu corpo
Em tortuosas ondas de rádio.
A Timidez uniu-se ao Coma
Gerando tempestades cerebrais,
Impedindo a nossa aproximação.
Quero gritar ao mundo que a amo,
Mas como posso fazê-lo
Se os seus olhos insistem me negar?
Terei que fazer meu papel de bobo
Ou atuar como um desentendido?
De repente…
A sirene do intervalo tocou
Despertando-me de um sonho distante.
Tão distante, mas próximo do teu olhar
…Yolanda.
*Este poema é parte integrante do livro (O Anjo e a Tempestade) do escritor Agamenon Troyan.