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Olá amados!!! Olá amadas!!

Março é um mês especial, visto que comemoramos o Dia Internacional da Mulher e há tantas questões a serem olhadas, revisadas, refletidas diante do universo imenso que faz parte desse Ser iluminado e esculpido por Deus à sua imagem e semelhança. Apesar disso,  há muito tempo, na história da humanidade, inúmeros conceitos voltados ao feminino foram distorcidos, no entanto, atualmente diversos movimentos no país e no mundo estão resgatando a beleza e a dádiva de ser mulher.

Diferenças  

Vale relembrar um pouco da trajetória e do papel da mulher na sociedade sob vários aspectos. Histórica e culturalmente houveram muitos avanços – aquisição de direitos e deveres, conquista de espaços no mercado de trabalho, na política e em vários outros setores. No entanto, algumas questões foram distorcidas, visto que não há apenas uma diferença de gênero, mas também de energia e de papel a ser desempenhado.

Para entendermos ou até mesmo contextualizarmos, primeiro é preciso compreender que a natureza masculina e a feminina são diferentes. As mulheres têm energia yin, voltadas para dentro, para o interior, desenvolvem mais a intuição, a beleza, o cuidado, a docilidade e conseguem fazer múltiplas tarefas simultaneamente. Os homens, por sua vez, possuem mais a energia yang, a força, a vitalidade, são voltados para fora, têm mais foco e fazem uma tarefa de cada vez.

Escolhas

Com as mudanças e algumas “revoluções femininas”, buscou-se a independência, tornando a mulher “competitiva” tanto com o homem quanto em relação às demais mulheres. Dentro de uma sociedade patriarcal, esse movimento tomou uma grande proporção, porém, de maneira totalmente desconectada com a essência feminina.

Acredito que um dos marcos nesse contexto foi a criação da pílula, um método anticonceptivo, que “controla a produção hormonal” e faz com que a mulher não menstrue e não engravide. Há inclusive médicos que já questionam se essa seria a melhor alternativa! Por muito tempo isso foi “imposto” para a sociedade como uma grande solução. No entanto, isso fere a natureza feminina. A mulher menstrua a cada 28 ou 29,5 dias e esse ciclo ocorre de acordo com as fases da Lua e isso quer dizer que a mulher – a energia feminina – está totalmente conectada com as fases lunares. Para os povos antigos, a Lua era considerada a Grande Mãe ou até mesmo a Abuela e ela representa nos arquétipos as emoções. Inclusive aí uma grande coincidência, as mulheres são muito emotivas e estão totalmente conectadas aos ciclos da natureza.

Despertar e Florescer 

E aqui entra um ponto de vista a ser reavaliado. Todas as construções de novos pensamentos e comportamentos foram sendo “ditadas” como “grandes avanços”, no entanto não é bem por aí. Ao longo das transformações históricas houveram sim conquistas, mas a que preço? Foi leve ou pesado? Nesse sentido, um dos termos mais abordados na modernidade é o tal de “empoderamento feminino”. Precisamos olhar com carinho para isso. Mas, primeiro, vamos analisar como as nossas ancestrais viviam. Certamente, temos aí uma chave!

Na antiguidade, elas se ajudavam, compartilhavam saberes, conhecimento, nas chamadas tendas vermelhas. Quando  menstruavam, ou seja, “recebiam a Lua” (tanto que no dicionário menstruação é sinônimo de Lua), se reuniam nas tendas vermelhas para trocar sabedorias. Praticavam a sororidade, ou seja, colaboravam entre si e cresciam juntas. Observavam a natureza (e os seus ciclos), cuidavam do lar, das aldeias, dos filhos, zelavam pela harmonia da casa, ou seja, eram e são pilares fundamentais de uma família. No sagrado feminino, a mulher é quem abre os caminhos,enxerga além e com isso ajuda na proteção da energia de onde está.

Transformações

Todo esse papel se perdeu de alguma forma. Na década de 1920, quando as mulheres, que trabalhavam nas fábricas, começaram a fazer os grandes movimentos de conquista de direitos, elas estavam já sob um viés de empoderamento distorcido. Ali, se olharmos com cuidado, observamos que surgiram um sentimento e um comportamento de competição e isso não foi nada saudável, pois custou muito às mulheres (e tudo isso de maneira inconsciente). Essa energia competitiva não faz parte do sagrado feminino e foi construída para talvez diminuir a força da união, do amor e dos laços que elas mantinham nas tendas vermelhas. E gerou uma grande desconexão, um vazio, que muitas vezes, não se sabe de onde vem. Isso é apenas um olhar para refletirmos profundamente sobre a verdadeira natureza feminina. Um documentário que aborda esse tema de maneira incrível é “Red Tent” (Tenda Vermelha”, um seriado no Netflix). Há apenas dois episódios, mas é extraordinário.

O verdadeiro poder 

Então, pelo dicionário essa “energia” pode remeter a diversos sinônimos, como fama, direito, divindade, grandeza, força, habilidade, autoridade, mas o verdadeiro poder, na minha avaliação, está no alinhamento com a minha essência, com a minha luz e minha sombra, minhas habilidades, meus talentos e todo o universo que eu vim desbravar, conhecer, florescer, curar, me libertar e compartilhar.

Para mim, isso é poder. O empoderamento  verdadeiro ocorre quando eu posso ter escolhas, dizer sim ou não, no momento em que meu coração aponta para uma determinada direção. Essa força se manifesta nos instantes em que eu faço escolhas de carreira, de amizades, de amor, de onde eu quero ir e vir. Ter liberdade, viver com minha autenticidade, dizer o que eu penso, com delicadeza, amor e ao mesmo tempo com firmeza. É eu me sentir empoderada, mas ao mesmo tempo dócil, assim como é a minha natureza. Ser forte, firme, quando necessário e sobretudo eu ser aceita não pelo o que eu tenho e sim pelo o que Eu Sou. Para mim, esse é o verdadeiro empoderamento feminino! Namastê! Feliz Dia da Mulher! E que este dia seja todos os dias, com mais respeito, mais amor, paz e luz!

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