Chuto o balde e abro o zíper da alma. Tá vendo, não precisa fingir que tudo está 100% bem. Meu bem, estamos todos neste mesmo barco, e não venha me dizer que com você é diferente. Temos dias de dançar com a alma, e temos dias de nos encolhermos quietinhos, isso acontece alternadamente. Dias de luta, dias de glória. Dias felizes demais. Dias de pouco humor. Dias de alegrias intensas, dias de querer sumir do mapa. Essa é a vida. Somos compostos de emoções secretas, pra que ninguém capture nossas inseguranças, nossos medos, receios, saudades, amores, nossa alma, nosso eu.
A diferença é que a maioria das pessoas tem vergonha ou receio de revelar os motivos que as fazem se refugiar no escuro. Para o conhecimento externo, ou dos amigos das redes sociais, tudo é belo, lúcido, íntegro e perfeito.
Jamais tenha medo de mostrar seu coração, seus sentimentos, o que se passa aí dentro. Não tenha medo nenhum de dizer o quanto dói quando alguém magoa, porque todo mundo nessa vida já foi magoado. Não tenha medo de dizer quando o outro machuca. Não é bobagem, não… Não é deprimente ter um dia triste, ou sentir-se triste. Faz parte da vida. Do amadurecimento. Da experiência adquirida.
Abro o zíper da alma sem pudor. Cada cicatriz é a prova que superei os grandes desafios da vida. Tenho dias felizes e dias tristes, como todas as pessoas.Não sou mais ou menos especial que ninguém. Apenas não finjo que eu to bem, quando eu to mal. Apenas não finjo que não doeu, quando me arrebentou por dentro. Apenas não finjo que passou, quando ficou em mim.